Nem todo sentido

Como as coisas poderiam ser diferentes
Se de repente, ta tudo tão estranho
Tão escolhido, tão enfadonho
Antes alegre, antes contente

Como pode se alegrar acumulando poeiras
Como pode se alegrar emagrecendo
Como pode se alegrar morrendo
Como pode se alegrar chorando?

As curvas de madeira envernizada
Sua cara amassada por tantas madrugadas
Insônias insanas e a falta que faço
Não queria esse espaço

Não sei o que faço, sem coragem
Seus olhos olhavam a paisagem
E eu, achava tudo normal
Só via o que queria ver

Nem as poesias precisam ter rimas
Nem a vida precisa fazer sentido
Você aqui comigo, no meu calor
Mas, e ai?

Como pode tomar tanta cerveja quente
Como posso tomar esse gelado amargo
Que afoga minhas papilas, e me digo sabedor
Vamos ignorar os outros e falar de todo mundo

E na hora de dormir? O pensamento devora
A solidão aperta o coração, que sabe drogas?
Quem sabe o sangue? A propósito...
E se tudo continuar uma poeira passageira

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