A propósito

Via tanta inocência, agora tanto sangue
Antes morno do que frio
Mas nem fico
Fujo distante

Antes era o éden
Agora o mundo cruel
Mas esquece do rio de mel
E o mel também fede

Que a flor machuca
E que a natureza castiga
Que o fogo aquece
Mas queima

E sua cintura indecisa
Não sabe se chega ou se vai
E essas carnes me instiga
E eu não aguento mais

Voa, mas voe pra longe
Senão lhe atiro uma pedra
Pelo egoísmo resignante
Por não admitir a perda

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