Via tanta inocência, agora tanto sangue
Antes morno do que frio
Mas nem fico
Fujo distante
Antes era o éden
Agora o mundo cruel
Mas esquece do rio de mel
E o mel também fede
Que a flor machuca
E que a natureza castiga
Que o fogo aquece
Mas queima
E sua cintura indecisa
Não sabe se chega ou se vai
E essas carnes me instiga
E eu não aguento mais
Voa, mas voe pra longe
Senão lhe atiro uma pedra
Pelo egoísmo resignante
Por não admitir a perda
Nem todo sentido
Como as coisas poderiam ser diferentes
Se de repente, ta tudo tão estranho
Tão escolhido, tão enfadonho
Antes alegre, antes contente
Como pode se alegrar acumulando poeiras
Como pode se alegrar emagrecendo
Como pode se alegrar morrendo
Como pode se alegrar chorando?
As curvas de madeira envernizada
Sua cara amassada por tantas madrugadas
Insônias insanas e a falta que faço
Não queria esse espaço
Não sei o que faço, sem coragem
Seus olhos olhavam a paisagem
E eu, achava tudo normal
Só via o que queria ver
Nem as poesias precisam ter rimas
Nem a vida precisa fazer sentido
Você aqui comigo, no meu calor
Mas, e ai?
Como pode tomar tanta cerveja quente
Como posso tomar esse gelado amargo
Que afoga minhas papilas, e me digo sabedor
Vamos ignorar os outros e falar de todo mundo
E na hora de dormir? O pensamento devora
A solidão aperta o coração, que sabe drogas?
Quem sabe o sangue? A propósito...
E se tudo continuar uma poeira passageira
Se de repente, ta tudo tão estranho
Tão escolhido, tão enfadonho
Antes alegre, antes contente
Como pode se alegrar acumulando poeiras
Como pode se alegrar emagrecendo
Como pode se alegrar morrendo
Como pode se alegrar chorando?
As curvas de madeira envernizada
Sua cara amassada por tantas madrugadas
Insônias insanas e a falta que faço
Não queria esse espaço
Não sei o que faço, sem coragem
Seus olhos olhavam a paisagem
E eu, achava tudo normal
Só via o que queria ver
Nem as poesias precisam ter rimas
Nem a vida precisa fazer sentido
Você aqui comigo, no meu calor
Mas, e ai?
Como pode tomar tanta cerveja quente
Como posso tomar esse gelado amargo
Que afoga minhas papilas, e me digo sabedor
Vamos ignorar os outros e falar de todo mundo
E na hora de dormir? O pensamento devora
A solidão aperta o coração, que sabe drogas?
Quem sabe o sangue? A propósito...
E se tudo continuar uma poeira passageira
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